No ano de 2000, ainda com 17 anos e recém-ingresso na faculdade de Turismo, Bruno Vilaça bateu na porta da Rio Sul Linhas Aéreas em busca de um estágio. O adolescente, que até então nem pensava em abrir a Superviagem, começou sua atuação no setor de aviação.
Na empresa, ele começou a atuar na área comercial e aos poucos foi conquistando o seu espaço. Em pouco tempo, chegou à gerência de contas da aérea, fazendo relacionamento com todo o mercado turístico do Espírito Santo.
Depois de três anos de trabalho, Vilaça viu a Rio Sul e Nordeste serem fundidas com a Varig Brasil - devido a uma crise financeira. Com a junção, sua equipe assumiu duas empresas aéreas em Vitória.
Leia também:
Turismo de nicho: quando pequenos grupos dão o tom
“Em 2003, a nossa equipe da agência assumiu as duas empresas no estado, o mundo caiu no nosso colo, então foi um momento muito especial. Nós vivemos momentos muito felizes, até a falência da empresa três anos depois. Após esse episódio, passei um período sabático no Canadá e quando voltei resolvi abrir a minha agência, a Superviagem, que completa 13 anos nos próximos meses”, relembra
Superviagem de olho em tudo
Após abrir a Superviagem, Vilaça pensou sobre o futuro do mercado e como os agentes de viagens lidariam com os próximos anos. Para ele, o mercado se concentrou e quem não se preparou para a nova realidade acabou entrando em apuros.
“Vimos uma necessidade ainda maior de especialização e de se estar em todos os lugares ao mesmo tempo, e por aí vai. Um segmento que era tido como obsoleto e antiquado hoje está a todo vapor, pujante, efervescente e jovem. Basta ver quantas novas caras vemos por aí a cada dia. É chover no molhado, dizer que não somos mais 'tiradores de passagem', mas verdadeiros consultores, e o desafio está exatamente aí, em se reinventar a todo momento”, declara.
Com olhar atento ao futuro, Bruno Vilaça passou a atuar nos mais diversos segmentos do turismo dentre eles o lazer, o corporativo. Contudo, o nicho mais atuante dentro da agência é o de viagens de luxo.
“As viagens de luxo sofrem menos as oscilações econômicas e políticas, e que traz um público bastante fiel, onde a divulgação funciona quase que 100% no boca a boca. Tomamos gosto pela coisa e investimos nessa linha. Foi um trabalho de formiguinha e hoje dizem que nos tornamos uma referência no Brasil entre as agências de viagens de pequeno porte. É uma baita responsabilidade e um orgulho imenso, que nos dá combustível para trabalhar ainda mais”, afirma o proprietário.
De onde vem o sucesso
Ainda que atue há muitos anos no segmento de viagens de luxo, Vilaça acredita que o sucesso de sua agência nesse nicho está nas pequenas coisas. Desde o reconhecimento de um cliente na volta de uma viagem, na admiração de parceiros no mercado ao bom relacionamento que mantém com toda a cadeia do turismo.
Essas pequenas coisas também fazem a diferença para os profissionais do turismo. Eles devem pensar sempre no cliente e em seus parceiros, premissas que segundo Vilaça são essenciais.
“O nosso mercado é muito mais difícil e competitivo do que parece. Mas é extremamente gratificante e promissor para quem se esforça de verdade e trabalha corretamente. Que os profissionais de área não desistam com as primeiras portas fechadas e, principalmente, invistam muito em bons relacionamentos com clientes e parceiros, além de networking”, pontua.
Finalmente, para Vilaça, o ano de 2019 é um dos anos mais desafiadores para o segmento e para os profissionais da área.
"A gente não pode parar nunca, se acomodar jamais. Temos alguns desafios bem grandes para esse ano, e no meio desse turbilhão político e econômico que vive nosso país, dobramos a aposta e estamos investindo ainda mais em capacitação, pois já vimos que nos momentos mais instáveis é onde estão as melhores oportunidades", finaliza