Agente de Valor
Agente de Valor
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

Presidente da Convention de São Paulo e do Unedestinos fala sobre decisiva missão dos agentes de viagens

Presidente da Convention de São Paulo e do Unedestinos fala sobre decisiva missão dos agentes de viagens
Agente de Valor
jan. 15 - 7 min de leitura
000

Toni Sando, nosso entrevistado, é administrador de empresas com MBA em gestão empresarial pelo FGV. Trabalhou na área de marketing, produtos e operações no mercado financeiro e foi responsável pela área de marketing no Grupo Accor Hotels para América do Sul.

Atualmente é presidente executivo da Fundação 25 de Janeiro – Visite São Paulo e Presidente da Unedestinos – União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos.  
Desta forma, Sando teve a oportunidade de trabalhar no mercado financeiro, no mercado hoteleiro e no terceiro setor. Quando a agenda permite, é ainda professor de marketing e de gestão de eventos, palestrante e consultor.

Na entrevista, vamos focar a importante e decisiva missão dos agentes de viagens. Começamos perguntando a ele de que forma os agentes podem aproveitar tanto o trabalho dos conventions como as ações do Unedestinos para agregar valor e conquistar melhores resultados em seus negócios?
 
“A proposta da Unedestinos, fala Toni Sando, é fortalecer cada vez mais os profissionais que atuam nas áreas de captação de eventos e de promoção do destino. Essa integração, com certeza, pode ser estendida aos agentes de viagens, que cada vez mais procuram estabelecer pontes com o trade local para oferta de produtos e serviços. Hoje nas redes sociais e no site, procuramos destacar mais os atributos dos destinos do que ser apenas um site institucional”, assegurou.

O site Unedestinos na sua visão deveria ser uma fonte pontual de consulta aos agentes de viagens? – perguntamos ao executivo.
 
Ele é taxativo na reposta. “Sim. É uma boa opção, mas com certeza precisamos oferecer algo mais pontual aos agentes de viagens quando ele precisar de informações e dicas sobre o destino. Sua pergunta nos faz refletir sobre isso e trabalhar nessa pauta.

O Unedestinos passou a integrar há pouco o Conselho Nacional de Turismo. Toni falou desta conquista e da importância da cadeira no CNT e ao segmento que envolve os conventions bureau?

“Quando instituímos a Unedestinos durante a WTM de 2015 com um grupo de presidentes, profissionais e especialistas em CVBs, o propósito foi integrar  associações de Visitors e Conventions,   produzindo  conteúdo,  compartilhando conhecimento e  tendo uma efetiva representatividade no setor público e na iniciativa privada. Hoje a Unedestinos possui 50 entidades associadas, que representam mais de 300 cidades brasileiras,  e mais de  10 mil empresas associadas a essas organizações”, informou Sando.  Além disso – ele acrescentou que “na ocasião da criação da Unedestinos, tivemos o apoio das principais entidades setoriais nacionais,  que foram incluídas em nosso estatuto como Conselho Consultivo.  A participação no Conselho Nacional de Turismo do MTUR,  faz parte desta estratégia , e de não apenas representar nossos associados, mas poder também contribuir com o desenvolvimento do turismo em nosso país”.    

E como se dá a participação da Unedestinos nas reuniões e nos debates. Quais são as suas bandeiras na atuação no Conselho?
 
“Fomo integrados com membros do  Conselho Nacional de Turismo no ano passado e imediatamente nos candidatamos para participar da Câmara Temática de marketing e comercialização. Produzimos neste grupo, um material com a base histórica do que já foi feito e nossas recomendações para o governo atuar com seus profissionais do MTUR e Embratur na promoção do Brasil tanto no mercado doméstico com internacional”, observou Sando. 

E sublinhou a bandeira maior da Unedestinos no grande Conselho nacional do Turismo. “Nossa bandeira é ter as entidades de Visitors e de Conventions como protagonistas do destino, estimulando o trade de viagens, eventos e turismo a atuarem em ações integradas de hospitalidade”, disse.
 
Sobre as mudanças e avanços e as novas tecnologias neste era digital, qual o conselho de Toni Sando para que o agente de viagens fiquem antenado e não se percam por eventual falta de acompanhamento das tendências que o mercado impõe aos líderes e vencedores?
“Hoje, praticamente todos estão integrados com a era digital. Do Cliente ao Agente e do Agente aos seus fornecedores. O desafio do momento é como filtrar o excesso de informação para atuar de forma mais precisa na necessidade do consumidor. Aplicativos e sites já estão na fase de revisão, o que é muito natural depois de um primeiro movimento”, constatou. 

Ele ponderou, todavia que “entretanto, temos um mercado consumidor acima de 50 anos muito maior do que o mercado dos que nasceram na geração digital. E esse consumidor, mesmo com todas as ferramentas digitais disponíveis, quer olhar no olho, quer trocar experiências de viagens, sente-se mais seguro com uma orientação precisa de quem conhece e conta com um profissional Guia de turismo,  preparado para acompanha-lo em suas descobertas. 

As novas tecnológicas facilitaram muito o agente que nunca saiu da loja, para conhecer os destinos que eventualmente apenas o dono da agência já conhecia através dos fun trips e de suas viagens particulares. Mas a oportunidade de viver o local é imprescindível para um bom profissional e acredito que o agente de viagem também merece arrumar sua mala e fazer suas visitas técnicas através dessas ações do destino”, ensinou Sando.
 
Ao encerrar a entrevista, nosso convidado especial direcionou uma mensagem de fé e otimismo aos nossos valorosos agentes de viagens.
 
“Acredito que todo profissional que atua no relacionamento pessoal com seu cliente precisa gostar de gente e precisa estar sempre muito atualizado. No turismo, temos uma química que poucos outros setores econômicos possuem.  

O profissional de turismo tem o prazer em servir e o cliente tem o prazer de ser servido. Ambos criam uma relação de cumplicidade positiva   e expectativas”, testemunhou.   

Ele citou ainda a importância da vivência e o conhecimento acadêmico na formação dos profissionais do setor. “A formação como turismólogo, guia de turismo, técnicos de organizadores de eventos, hoteleiros e demais cursos relacionados à área, precisam ser vistos como o início de uma carreira e não o fim. 

Não existe espaço para o comodismo acadêmico.  Por isso, a formação acadêmica não é mais suficiente. O estudo contínuo e a leitura de veículos especializados são fundamentais para enfrentar um mercado cada vez competitivo onde o consumidor tem acesso as mesmas informações”, concluiu Toni Sando.


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você