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O que o turismo pode aprender no combate ao racismo?

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set. 27 - 3 min de leitura
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O que o turismo pode aprender com a Sephora e a Starbucks? Cintia Ramos, sócia e diretora de marketing da Diaspora.Black, serviço de acomodação voltado para interessados na cultura negra, relembrou em palestra na Arena de Transformação, na Abav Expo, os casos de racismo ocorrido nessas empresas.

Segundo ela, essas companhias conseguiram transformar essa crise de reputação em oportunidades para a promoção da diversidade entre seus funcionários. Com experiência em empresas do setor como Maringá Turismo e Atlântica Hotel, Cíntia atua na causa da diversidade e novas histórias para a população negra.

“Com essas iniciativas, as empresas deram um grande exemplo de ação responsiva, ganhando destaque dentro da comunidade negra”, comenta a diretora da Diaspora.Black.

Em 2018, a rede de cafés Starbucks fechou todas as oito mil filiais dos Estados Unidos para um dia de treinamento sobre discriminação racial, além de mudar a política da empresa. O caso ocorreu após um gerente ter chamado a polícia para dois homens negros que conversavam dentro de uma loja na Filadélfia. Como resultado, não é mais necessária a compra de algum produto para usar o banheiro, ou até mesmo permanecer na loja.

Já a gigante de cosméticos Sephora protagonizou este ano duas situações de discriminação racial dentro de suas lojas. Em um dos casos, um funcionário de uma filial da Califórnia chamou o segurança por ter desconfiado que a cantora americana SZA estava roubando.

No outro, a atriz e comediante Leslie Jones relatou em suas redes sociais que sua maquiadora havia sido maltratada por vendedores e um gerente em uma filial de Nova York. Desde então, a marca utilizou suas redes sociais para se posicionar sobre o assunto e reforçar que a Sephora não tolera racismo.

Racismo combina com turismo?

Em 2018, o número de negros que consumiram turismo registraram alta de 105% entre 2013 e 2018 nas C, D e E. Nas classes e A e B, entretanto, essa alta foi de apenas 10% no mesmo período. Vale destacar que a população negra no Brasil é composta por 154 milhões de pessoas.

Em contrapartida, os negros sofrem 16% mais rejeição, e 47% deles já foram vítimas de racismo em suas viagens. “O consumo do turismo pela população negra está crescendo cada vez mais, é um mercado para se olhar. Precisamos de empresas e pessoas nessa luta conosco”, reforça a executiva.

A Diaspora.Black oferece passeios como a subida da serra para a Quilombola dos Palmares, que acontece em novembro, a rota do samba em São Paulo e o ano novo Quilombola, em Ubatuba (SP).


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