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Saiba como o turismo pode reagir à crise do COVID-19

Saiba como o turismo pode reagir à crise do COVID-19
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mar. 27 - 6 min de leitura
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Segundo a estimativa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na primeira quinzena de março, o setor de turismo brasileiro perdeu 16,7% do seu volume de receitas. Isso representa uma perda equivalente a R$ 2,2 bilhões.

Ainda de acordo com a pesquisa, as restrições impostas globalmente pelo protocolo de ação para frear o ritmo de disseminação do coronavírus (COVID-19) e o fechamento de fronteiras em diversos países são fatores que contribuem para as perdas severas do turismo.

Os números do estudo foram obtidos por meio do cruzamento das informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com os dados do fluxo de passageiros em voos domésticos e internacionais fornecidos pela Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC). É importante salientar que o estudo ainda está em processo de conclusão.

Podemos dizer que o comércio de bens, serviços e turismo é o que apresenta maior impacto negativo, uma vez que as atividades econômicas que o compõem dependem da circulação de pessoas e mercadorias.

Muitas empresas não têm caixa para se manter diante desta crise. Além disso, esse segmento é um dos maiores responsáveis pela geração de empregos no país. A economia brasileira pode ser profundamente atingida, pois não se sabe o tempo que vai durar a pandemia e nem qual será a exata necessidade de recuperação.

O setor de Turismo estava no topo do ranking do processo de recuperação econômica e tinha boas chances de voltar ao nível pré-recessão até o fim deste ano. Porém, se a pandemia no Brasil seguir o padrão chinês, o pico de contaminação está previsto para a segunda quinzena de abril. No entanto, não podemos afirmar como será a curva evolutiva dos casos no país.

Em tempos de coronavírus#NãoCanceleRemarque

Para minimizar os danos causados no setor, o Ministério do Turismo apoiou a campanha nas redes sociais "#NãoCanceleRemarque". Por conta do risco de contaminação, muitos turistas que estavam com a viagem marcada começaram a cancelar seus pacotes. Preocupado com a situação, o MTur fez uma publicação pedindo para que as pessoas não cancelem a viagem, e sim adiem para quando a situação se normalizar.

“Em tempos de coronavírus e incertezas sobre a pandemia que nos afeta, reafirmamos nosso apoio ao setor turístico. Todos os cuidados necessários devem ser tomados para conter a COVID-19. Muitos empregos e famílias dependem da indústria do #turismo. Por isso, vamos passar juntos por esse momento difícil. Entre em contato com a sua agência aérea ou de viagem, seu meio de hospedagem, seu profissional do turismo contratado previamente e adie sua viagem. #NãoCanceleRemarque”.

                                                                     Fonte: Facebook/Ministério do Turismo

Com isso, muitas companhias aéreas adotaram medidas para evitar o cancelamento. Elas estão mantendo o valor da viagem em crédito para voos futuros. O valor está disponível integralmente por um ano. O cliente também pode remarcar qualquer viagem  no período de 330 dias. Nos dois casos, as propostas começam a valer a partir da data da compra. Lembrando que a taxa de remarcação não será cobrada, apenas se existir diferença entre as tarifas.

Medidas emergenciais  para garantir a sustentabilidade das empresas do setor de turismo

Para reduzir o impacto econômico causado pela pandemia, o governo tomou algumas medidas tributárias, trabalhistas, financeiras e administrativas que podem ser aplicadas às empresas.

Medidas tributárias

  • Postergação do envio das obrigações acessórias e do recolhimento do imposto de renda e demais obrigações acessórias tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, pelo prazo de 180 dias;

  • Implementação do programa de regularização tributária com parcelamento dos tributos federais pelo prazo de 120 dias. Redução total de multas e juros para todas as empresas com carência inicial de 180 dias para o pagamento da primeira parcela;

  • Diminuição dos tributos federais incidentes sobre a concessão de serviços públicos – energia, água e luz – e desoneração de medicamentos.

Medidas trabalhistas

  • Liberação de saque de até 50% do FGTS a todos os trabalhadores;

  • Reinserção do Lay Off -  redução de pessoal ou redução de custos - desde que as empresas se comprometam a garantir estabilidade a seus trabalhadores por período a ser acordado, salvo desligamentos por justa causa, e desobrigação de registro de ponto eletrônico durante o período de crise.

Medidas financeiras 

  • Linhas de crédito especial para micro e pequenas empresas com carência de 24 meses para início do pagamento;

  • Aumento do limite de crédito consignado – provisoriamente – para 40% do salário ou benefício;

  • Criação de linha de crédito emergencial pelo BNDES.

 Medida administrativa

  • Prorrogação da validade de certidões negativas por mais seis meses, visando a geração de caixa para empresas em processos licitatórios.

Como profissionais do setor de turismo podem aproveitar o isolamento social

Nessa situação de pandemia, é fundamental ficar em casa, certo? Então, enquanto não pudermos voltar à rotina normal de trabalho por conta do  coronavírus, a melhor saída é se adaptar à nova realidade e aproveitar as oportunidades que surgirem.

Por isso, agora é hora de os profissionais de todas as áreas – inclusive do turismo – utilizar o isolamento para aprimorar suas habilidades e competências por meio de cursos online, leitura, visitas virtuais a museus e patrimônios culturais etc. 

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E você, como está lidando com a situação? Conte sua experiência nos comentários!


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