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Roteiro de Fé Cairu: guia de turismo religioso pelo interior da Bahia

Roteiro de Fé Cairu: guia de turismo religioso pelo interior da Bahia
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abr. 9 - 4 min de leitura
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No dia 1° de abril, o município-arquipélago Cairu apresentou o “Roteiro de Fé”. A articulação do novo roteiro, apresentada via web, tem como público-alvo profissionais do setor e o público geral, interessado em conhecer atrativos históricos da cidade onde estão localizados alguns dos mais desejados destinos da Bahia, a exemplo de Morro de São Paulo e Boipeba.

Esta divulgação do destino pela Secretaria de Turismo de Cairu em parceria com operadoras e agências de viagens tem o objetivo de formatar e comercializar pacotes turísticos em um futuro próximo, com o avanço das ações de combate à pandemia da Covid-19.

O roteiro é composto pela Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário e pelo Convento Franciscano de Santo Antônio, onde serão realizadas visitas guiadas, incluindo celebrações religiosas, apresentações culturais e exposição de imagens sacras. As casas coloniais do Centro Histórico, a feira de artesanato e empreendimentos que servem pratos da gastronomia típica da região vão completar o itinerário dos turistas que visitam Cairu.

Segundo Fausto Franco, secretário de Turismo da Bahia, a cidade tem potencial para o turismo religioso e guarda muitas histórias do estado. Ainda de acordo com Franco, o Convento de Santo Antônio será o próximo templo religioso a ser beneficiado pelo Projeto Resgate dos Sinos – a ideia é que o badalar do sino aconteça diariamente, ao meio-dia e às 18h.

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 

O Convento e a Igreja de Santo Antônio foram construídos por iniciativa dos padres franciscanos e custeados por doações da população, tendo sido colocada a pedra fundamental em 1654.

A fachada da igreja é considerada a primeira manifestação do barroco arquitetônico no Brasil, e um influente exemplo da arquitetura franciscana no país, imitada em vários outros templos nacionais. 

O complexo constituído de Igreja e Convento, em dois pavimentos, está disposto em torno do claustro e da Ordem Terceira, que nunca chegou a ser concluída.

A igreja, precedida por um galilé (construção arquitetônica, normalmente na entrada de um templo), possui nave única e capela-mor, ambas com tribunas e sacristia transversal. Sua estrutura é em alvenaria mista de pedra e tijolo, claustro com arco em “asa de cesto”, no térreo. Já o primeiro andar possui pilares monolíticos de arenito. A galilé é precedida por adro com cruzeiro, marca dos franciscanos.

O frontispício (elemento decorativo da parte frontal de uma construção) triangular, em estilo barroco, é dividido em três planos com pilastras e volutas em cantaria, com torre recuada com terminação piramidal — revestida de azulejos policromados. 

No século XIX, seu interior foi extensamente reformado, e grande parte da luxuosa decoração original foi perdida. No entanto, a sacristia e o claustro ainda conservam os azulejos do tipo tapeçaria e figurados dos séculos XVII e XVIII.

Devido à sua importância histórica e artística, o complexo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1941.

Vale lembrar que o Projeto Resgate dos Sinos já beneficiou várias igrejas baianas. Em Salvador, sete igrejas já tiveram o símbolo litúrgico requalificado e posto em uso regular: Igreja da Ajuda; de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos; de Nossa Senhora da Graça; de Santo Antônio da Barra; de São Domingos de Gusmão; do Santíssimo Sacramento do Passo; e a Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição da Praia. Já em Trancoso, Porto Seguro, a Igreja de São João Batista foi requalificada.

O projeto está retomando uma tradição secular que estava esquecida. O trabalho é desenvolvido em parceria com a iniciativa privada.

 


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