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Rede de trilhas no Brasil ganha novos trajetos

Rede de trilhas no Brasil ganha novos trajetos
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nov. 4 - 4 min de leitura
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No mês de setembro, o Diário Oficial da União publicou a portaria conjunta dos ministérios do Turismo, do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que define critérios para a adesão de novos trajetos à Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade. 

A Rede Trilhas é conhecida por interligar biomas de Norte a Sul do Brasil, conectando diferentes paisagens e ecossistemas, de forma a estruturar, promover e dar visibilidade à oferta do ecoturismo no país.

Para proporcionar mais segurança aos visitantes, os trechos adicionais deverão seguir padrões da Rede Trilhas de mapeamento, sinalização (símbolos de pegadas amarelas e pretas), bem como acesso a serviços e indicação de pontos de apoio. 

Baseado em experiências internacionais, como o Caminho de Santiago (Espanha), West Highland Way (na Escócia) e South West Coast Path (Reino Unido), o projeto de estruturação da iniciativa já tem disponibilizadas informações detalhadas dos percursos em seu site. A Rede Trilhas já conta com 74 trilhas em 3,5 mil quilômetros sinalizados.

É importante salientar que as propostas de adesão poderão ser apresentadas à Secretaria de Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente (MMA) tanto por entidades e órgãos públicos quanto por organizações da sociedade civil ou entes privados, cabendo a análise às pastas signatárias da portaria.

Fortalecimento do ecoturismo brasileiro

 

Segundo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a medida sobre as propostas de adesão fortalece o potencial do ecoturismo no país. Ainda de acordo com Marcelo, um dos diferenciais do Brasil está exatamente nos parques nacionais e em sua natureza exuberante.

Com isso, há um reforço no alinhamento às melhores práticas internacionais de estruturação de trilhas e o aprimoramento desse segmento que tende a se destacar no pós-pandemia (busca pela natureza), fortalecendo as economias locais e a geração de empregos.

Além da ampliação das trilhas de longo curso nacionais e regionais, a portaria também inclui a informatização do processo de inclusão de trechos e a manutenção de um banco de dados pelo MMA. No projeto também estão previstas algumas iniciativas, como a instalação de sinalização (conforme manual do ICMBio), a construção de mirantes, o fornecimento de equipamentos destinados à conservação de trilhas etc.

Como mencionamos, a Rede Trilhas tem se baseado em modelos internacionais bem-sucedidos. Nesse contexto, cada Trilha de Longo Curso Nacional, a exemplo da Trilha Oiapoque ao Chuí, será o resultado da adição de uma série de trilhas regionais em que o final de uma coincide com o começo da seguinte.

Por exemplo,  uma trilha de longo curso nacional deve ser composta por várias opções de trajetos que pode caber em férias de um mês, como o Caminho das Araucárias (entre Canela e o Parque Nacional de São Joaquim), ou em um período de férias de duas semanas, tal como a Trilha Transcarioca (12 dias de caminhada), ou ainda em um período inferior a uma semana, como a Rota Darwin e os Caminhos da Serra do Mar (equivalente a quatro dias).

A estratégia visa fidelizar o trilheiro, propondo-lhe uma meta continuada que seja completada de forma que suas diferentes partes regionais possam ser caminhadas sem um cronograma rígido, mas respondendo à disponibilidade de tempo e de oportunidades do viajante (conhecido como section hiker).

Em resumo, a  Rede Trilhas conecta pontos de interesse do patrimônio cultural e natural brasileiro, estruturando e promovendo o turismo de natureza no país. As trilhas de longo curso também funcionam como ferramentas de conservação, interligando biomas e impedindo a fragmentação das unidades preservadas.


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