No fim de junho, a convite da BWT e do ICT - Instituto
Costarricense de Turismo, embarcamos para um Fam com destino a essa joia da
América Central, a Costa Rica!
Nossa primeira parada foi a capital, San José, a porta de entrada pra explorar o país.
San Jose é uma cidade movimentada e segura, mas sem muito carisma. Tem alguns
museus, como o Museu do Ouro, da Jade, o Teatro Nacional que contam um pouco da
história do país principalmente no seu período pré colonial. Dá pra ver todos
os atrativos da cidade em um dia, e ainda ter tempo de sentar e tomar una
cerveza Imperial ou Pilsen (as marcas locais) no charmoso Barrio Escalante.
Jantamos no Gran Hotel Costa Rica Curio Collection by Hilton em frente ao teatro, sem dúvidas o melhor hotel da cidade, e fomos dormir. No
dia seguinte a nossa aventura pela Costa Rica de fato ia começar!
Amanhecemos e entramos no ônibus para a região de Manuel
Antônio, um dos destinos mais visitados do país. No caminho até Manuel Antonio fizemos
um passeio de barco no Rio Tárcoles, para observar a biodiversidade. Os
crocodilos são imensos e também é possível avistar muitas aves. O passeio dura
cerca de 1h30 e é bem bacana, porém é pouco impressionante pra quem já visitou
nosso Pantanal :)
Chegamos ao nosso hotel em Manuel Antonio, o Parador Resort & Spa. A estrutura do hotel é magnífica, com piscinas (tem duas piscinas para famílias e uma exclusiva para adultos), muuuito verde, e preguiças, macaquinhos e lagartos andando livremente, pertinho dos hóspedes. Os quartos são enormes e super confortáveis e o café da manhã é farto e variado.
No dia seguinte, fomos para a Marina Pez Vela para fazer um
dos passeios mais procurados da região, o passeio de Catamaran. Nosso passeio
foi com a Iguana Tours, em um catamaran enorme com tobogã e tudo. É um passeio
muito agradável, que vai margeando toda a costa de Puntarenas. A vista é
incrível, o mar é bem calminho (o barco quase não balança), e é uma experiência
muito divertida. O passeio inclui almoço, bebidas (inclusive alcoólicas), e a
equipe do barco é muito animada e solícita. Por sinal, em toda a Costa Rica, a
qualidade do serviço me impressionou muito - os costaricenses são muito
receptivos!
Ao fim do passeio de barco ainda pudemos aproveitar a praia
em Quepos, uma região muito frequentada por turistas e pelos locais. A água do
mar é uma delícia, não é gelada, e tem serviço de praia ágil e confortável, com
guarda-sóis e cervejinha trincando. Lá também é possível fazer aulas de surf,
mas acabei optando pela cerveja.
Jantamos no nosso hotel (comida maravilhosa!) e fomos
descansar para aproveitar o dia seguinte. Caiu uma chuva torrencial - aliás, a
Costa Rica é bastante úmida, e choveu bastante em todos os dias que estávamos
lá. Mas é aquela chuva pontual, sabe? Choooooove horrores do nada, e, da mesma
forma que começou, acaba do nada também. É assim o ano inteiro, mas mais ainda
nessa época que fomos (de maio a outubro). Nada que atrapalhe o passeio, pois,
ao longo do dia, o tempo é mais aberto mesmo na estação mais chuvosa.
No dia seguinte fizemos a trilha do Parque Nacional Manuel
Antonio, também lar de muitos animais silvestres que pudemos observar com a
ajuda do guia. O parque tem várias trilhas que se interconectam. São trilhas
pavimentadas, fáceis para vários perfis de turistas, vimos muitas famílias e
pessoas de todas as idades. Ao final da trilha principal chega-se a uma praia
super gostosa, com faixa de areia ampla e árvores para descansar à sombra.
Ah, não é permitido entrar com comida ou garrafinha de água
descartável no parque, então é necessário levar sua própria garrafinha. Na
Costa Rica pode-se tomar água da torneira (é super limpa), então dá pra encher
a garrafinha nas torneiras do parque.
No próximo dia pegamos um pequeno avião para a região do
vulcão Arenal, um dos vulcões mais ativos do mundo. O trajeto de avião dura uns
40 minutos e foi um passeio a parte, foi minha primeira vez em um avião pequeno
desses e fiquei apavorada antes de embarcar (quase pedi um Uber kkkk), mas foi super tranquilo. O avião vai
voando bem baixinho, dá pra ver tudo lá embaixo, e ver o país e o vulcão Arenal
por esse ângulo foi muito especial.
Chegamos a La Fortuna. Curiosidade: La Fortuna se chamava El
Burío até 1968. Naquele ano, o vulcão Arenal entrou em erupção depois de mais
de 400 anos adormecido. A cidade foi a única que resistiu intacta à erupção do
vulcão, por isso foi rebatizada com esse nome que carrega o significado de
sorte / sortuda.
A região de La Fortuna tem o solo muito rico por conta do
vulcão, então tem muitas plantações (de café, cacau...), fauna e flora
riquíssimas, além das águas termais. O vulcão é o responsável pelas águas naturalmente
aquecidas.
Ficamos no hotel Arenal Manoa, com vários chalés distribuidos por uma área bem grande. Todos os chalés tem alguma vista para o vulcão (apesar de, no meu quarto, o vulcão ficar escondido por uma árvore imensa rs). O hotel também conta com piscina de água termal, restaurante e um café da manhã delicioso. A foto acima é da piscina naturalmente aquecida do hotel, com o imponente vulcão ao fundo. Lindo!
Nosso primeiro passeio na região foi o Rainforest Chocolate Tour, onde pudemos ver as plantações de cacau e entender o processo da transformação da planta até o nosso tão amado chocolate. O passeio por lá é guiado e o nosso guia era uma figura, nos mostrou todo o processo e pudemos participar fazendo a moagem do grão torrado. La também pudemos apreciar um espetáculo de dança protagonizado pelo Marcelo, gerente da BWT de Joinville, que foi inesquecível.
À tarde fomos fazer o passeio do Sky Trak, uma sequência de
7 tirolesas com o Vulcão Arenal como pano de fundo. A tirolesa mais rápida
chega a atingir 80km por hora, e a mais alta está a 200m longe do chão! Foi um
dos meus passeios favoritos na Costa Rica! Recomendo para todo mundo que gosta
de aventuras. O passeio pode ser feito por crianças de a partir de 5 anos.
Crianças pequeninas descem na companhia de alguém da equipe do local, que atua
como instrutor e como peso extra também, pra criança não empacar lá no meio da
tirolesa por ser muito levinha.
Após esse dia cheio de aventuras, fomos para o EcoTermales
Fortuna, um parque com várias piscinas termais muito relaxantes. Esse parque é
um Day Spa, é possível passar o dia inteiro lá curtindo as águas termais e
descansando. O EcoTermales tem um restaurante (buffet) bem variado, foi lá que
jantamos e depois disso voltamos ao hotel para descansar.
O dia seguinte foi nosso último dia nessa região norte do
país, e seguimos para a região de Monteverde. O caminho de La Fortuna a
Monteverde é lindo, e pudemos parar pra tirar umas fotos com a bandeira da BWT
pra tentar garantir uma vaga nos próximos fams.
Chegando a Monteverde fizemos o passeio das Puentes
Colgantes (pontes suspensas), uma trilha que passa por diversas pontes com
alturas de 12 a 60 metros, em meio a muita natureza e ar puro. O passeio é bem
gostoso e as trilhas também são pavimentadas, tranquilas de fazer em qualquer
nível de preparo físico (inclusive de chinelo, pra quem errar no look trilha como eu).
Depois das pontes, fomos no passeio mais fofo de todos os
tempos: o Santuário das Preguiças no Selvatura Park! Ali é a casa de várias
preguiças que foram resgatadas e por algum motivo não podem voltar à natureza.
Elas ficam andando livremente por esse "jardim" todo preparado para
parecer com o habitat natural delas, mas sem predadores ou ameaças.
Chegamos ao nosso penúltimo hotel, o El Establo Mountain Hotel - um hotel delicioso na região de Monteverde. Também fica em uma região de fauna e flora muito rica, lá vi o pássaro mais lindo da vida e foi por lá que jantamos.
No dia seguinte fizemos mais uma trilha, desta vez entre as cachoeiras de El Tigre. Essa trilha já é um pouco mais pesada que as anteriores, mas tranquila também. O mais legal é que não é só trilha - no meio dela tem várias atividades. Começamos por uma caminhada, depois fizemos um circuito de bikes suspensas (tipo uma tirolesa, mas de bicicleta), e voltamos ao ponto inicial a cavalo (é possível voltar a cavalo ou em jipe tipo safári). Foi mais um dos passeios que mais gostei!
Depois desse passeio, seguimos de volta a San José, onde nos
hospedamos no Studio Hotel Boutique, um hotel cheio de obras de arte que fica
na região de Santa Ana, um pouco mais afastado do centrinho nervoso de San
José. Jantamos por lá e fomos dormir.
No dia seguinte, hora de ir embora? Nãaaao! rs ainda tivemos mais um passeio antes de ir para o aeroporto, fomos visitar o Vulcão Poás! Este é um dos vulcões mais ativos da Costa Rica, sua última erupção foi em setembro de 2019. Para chegar ao vulcão se anda por um caminho pavimentado de uns 600 metros. A caminhada em si é tranquila, o que pesa um pouco são os gases que o vulcão continua soltando, a respiração fica um pouco mais difícil. Além da cratera principal, onde se forma uma espécie de lagoa de mais ou menos 1km de diametro, existe uma outra cratera que não está mais em atividade, onde se formou o Lago Botos, um lago super verdinho e convidativo para um mergulho... só que não. A água dele é assim verdinha por conta da alta concentração de ácido sulfúrico presente no lago.
Depois do passeio no vulcão, rumamos para o aeroporto para
retornar no voo super conveniente da Copa - San Jose fica a apenas 1h20 de voo
do Panamá.
Os dias na Costa Rica foram bastante intensos, e o espírito
Pura Vida foi vivido intensamente!!! Não tenho palavras pra expressar minha
gratidão à BWT e ao ICT pelo convite para conhecer esse país maravilhoso.
Considerações:
- Aconselho a ficar no mínimo 7 dias inteiros, sem contar o
dia da chegada e do retorno. Menos do que isso, se torna uma viagem muito
corrida!
- Ficar em San José, a capital, é absolutamente dispensável,
a não ser que os horários de voo peçam isso.
- A Costa Rica é um país caro. Comer, beber e comprar
souvenier é mais caro do que na maioria dos países latinos.
- Para levar na mala: roupas e tênis "de
academia", já que vários passeios envolvem trilhas e caminhadas. Mesmo
para sair pra jantar, a vestimenta é descontraída, então aconselho a levar
roupas leves pra enfrentar o calor e a umidade.
- Tudo é em dólar, não é necessário fazer o câmbio para a
moeda local (colones). Todos os estabelecimentos aceitam dólar e voltam o troco
na moeda local.
- O povo é muito receptivo e orgulhoso do seu país. São
muito disponíveis para ajudar, orientar...
- Para o deslocamento, o ideal é alugar carro ou fazer os
passeios em grupo, com ônibus.
- Vimos pouquíssimos turistas brasileiros, mas muuuitos
turistas europeus e americanos! Agora cabe a nós divulgarmos e fomentarmos o
turismo nesse país tão único.
- Recomendo essa viagem para viajantes solo, grupos de
amigos, famílias e casais que gostem de natureza e aventura. Realmente é um
país que agrada a viajantes de todas as idades!