No inicio do mês de setembro, diversas praias da região do Nordeste do Brasil registraram manchas de óleo. Uma análise realizada pela Marinha e a Petrobrás aponta que o material encontrado não é brasileiro.
Na última segunda-feira (7), de acordo com a Agência Brasil, o presidente Jair Bolsonaro declarou que havia uma suspeita sobre a mancha de petróleo encontrada, mas ainda não poderia revelar a sua origem.
"Aproximadamente 140 navios fizeram trajeto por aquela região. Então, pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental, pode ser um navio que naufragou também. Agora, é complexo, existe a possibilidade, temos no radar um país que pode ser o da origem do petróleo. Assim, continuamos trabalhando da melhor maneira possível não só para dar uma satisfação para a sociedade, como colaborar na questão ambiental", afirmou o presidente.
Em levantamento divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente, 138 praias e 61 municípios de nove estados do Nordeste haviam sido afetados até hoje. Clique aqui para ver as áreas afetadas.
De acordo com esse levantamento, o Sergipe é a região mais afetada e o estado declarou emergência. O governo do Estado de Sergipe anunciou que tem trabalhado em soluções para minimizar o impacto das manchas no litoral.
Manchas de óleo no Sergipe
Sendo assim, o governo emitiu um alerta informando aos turistas e moradores que o praias sergipanas estão consideradas impróprias para o banho. O alerta é dos órgãos ambientais que monitoram o ocorrido na costa de todos os estados do Nordeste, desde o aparecimento da primeira mancha de óleo em Pernambuco.
Para que não ocorra nenhum problema, o governo do Sergipe emitiu um alerta que busca proteger os moradores e visitantes do contato com a substância.
Além disso, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade afirmou que apesar das amostras de água coletadas apresentarem balneabilidade, as águas estão impróprias para banho. A recomendação é que a população evite os locais atingidos pelo fato de serem prejudicial a saúde
Na segunda-feira (7), o Ministro do Meio Ambiente, Ricado Salles visitou as regiões afetadas no Sergipe. Após sobrevoar a região litorânea, o ministro acompanhou uma limpeza local.
"Viemos aqui cumprindo uma determinação do presidente da República, para tomar as medidas urgentes contra a poluição. Além de determinar a resposta técnica para aquilo que pode ser a origem desse vazamento de óleo, que até o momento não se sabe com precisão”, disse o ministro.
Em todo o litoral nordestino, até a última segunda-feira, já haviam sido recolhidas cerca de 100 toneladas do material. As ações de monitoramento e limpeza das praias estão sendo coordenadas pelo Ibama, em conjunto com o ICMBio, órgãos estaduais, municípios e Marinha e apoio da Petrobras.
De acordo com as autoridades sergipanas, um gabinete de crise foi criado no último sábado (5). Equipes da Administração Estadual do Meio Ambiente, Adema têm percorrendo todo o litoral. Além do mais, o Ibama juntamente com as outras autoridades, têm realizado monitoramento diário.