O acordo de fusão entre Embraer e Boeing deve ser concluído no início de 2020. Segundo comunicado, a fabricante brasileira afirma que ambas as partes continuam trabalhando diligentemente e cooperativamente para consumar a transição o quanto antes. Entretanto, ainda não há nenhuma data definida.
A união entre as duas empreses prevê a criação de uma joint venture composta entre as aeronaves comerciais e os serviços operacionais da Embraer. No entanto, a norte-americana ficará com 80% da divisão de negócios da nova empresa, chamada de Boeing Brasil – Commercial, e a brasileira deterá os 20% restantes.
A Embraer afirma que as duas partes já obtiveram autorização antitruste aplicável das autoridades antitruste em certas jurisdições.
A consumação da transação permanece sujeita à aprovação pelas autoridades antitruste em certas outras jurisdições aplicáveis, bem como a satisfação de outras condições usuais em transação similar.
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Mais negócios entre Embraer e Boeing
A Boeing e a Embraer também lançarão uma joint venture para promover e desenvolver mercados de aviação militar com a aeronave KC-390. Sob os termos da parceria proposta, a brasileira terá 51% dos negócios, enquanto a Boeing será responsável pelos 49% restantes.
Recentemente, a Força Aérea Brasileira recebeu seu primeiro KC-390 e Portugal fez a primeira compra internacional do modelo.
Em conclusão, a Embraer diz que até tais aprovações sejam recebidas e outras condições sejam satisfeitas, não há como assegurar a consumação da transação ou o prazo para sua conclusão.
A relação entre Embraer e Boeing começou a ganhar força em meados de 2018, ainda no governo de Michel Temer. Embora a oposição tenha se mostrado contrária à venda da companhia, a decisão ficou para o seu sucessor, Jair Bolsonaro.
O anúncio do acordo entre as fabricantes de aeronaves foi feito em 24 janeiro deste ano; e a aprovação aconteceu cerca de um mês depois, em 26 de fevereiro.