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"Às vezes me sinto solitária", diz Magda Nassar sobre ser presidente mulher

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out. 31 - 3 min de leitura
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Magda Nassar não esperava assumir a presidência da Abav Nacional. Ex-comandante da Braztoa, ela teve de tomar as rédeas da situação após Geraldo Rocha ser obrigado a deixar a entidade por problemas de saúde.

Uma das poucas mulheres a ter um cargo de liderança no turismo, ela se sente em um cenário conflituoso. Como a própria diz, Magda não foi eleita presidente da Abav Nacional, mas sim vice-presidente administrativa, o segundo cargo de maior importância.

Embora ela mesma diga não levantar a bandeira do feminismo, Magda Nassar compartilha sentimentos e anseios do movimento.

“Às vezes me sinto sozinha, solitária quando subo no palco do meu evento e vejo que não tem outra mulher. As pessoas estão lá por algum motivo, são políticos, dirigentes. E as mulheres não estão lá”, desabafa, referindo-se à edição da 47ª Abav Expo, em São Paulo, no último mês de setembro.

Figura solitária no púlpito, a presidente da associação, entretanto, olha com mais otimismo o agenciamento em nível regional. Até 2019, as Abavs estaduais contavam com sete presidente de um total de 27. Para o biênio 2019-2021, a expectativa é que o número seja maior, segundo ela.

A entrega da Abav Expo, um evento para mais de 32 mil pessoas em 2019, foi positiva. A feira teve sua planta ampliada, novos espaços, como a Black Friday de Viagens, e mais de cinco mil treinamentos.

Como será o futuro de Magda

Com apenas mais 30 dias à frente da Abav, Magda despista qualquer possibilidade de tentar se eleger os próximos dois anos. Atualmente, ela trabalha em três frentes: a entidade, a operadora Trade Tours e a Trade Tech, o braço de tecnologia da companhia.

“Temos pautas políticas para trocar pela frente”, afirma, citando encontros em Brasília para tratar da redução do IRRF para remessas ao exterior, que vence em 31 de dezembro deste ano.

A Medida Provisória (MP) que deve ser assinada pelo presidente Jair Bolsonaro diminui de 25% para 6% as remessas de dinheiro para fora do Brasil para agências e operadoras.

Ela até mesmo abriu uma nova pauta para discutir: a responsabilidade social para agências de viagens. Resumidamente, essas empresas são penalizadas caso um prestador quebre ou encerre as operações, como, por exemplo, uma operadora ou companhia aérea.

Portanto, na visão dela, isso precisa ser revisto. “Tem algo errado nesse entendimento que prejudica sempre o lado mais fraco [o das agências de viagens]”, reflete.

Se as demandas políticas tendem a demorar para ser atendidas, Magda Nassar terá de pensar logo seu futuro, se será dentro da Abav ou não. Restam pouco mais de 30 dias, pois as eleições acontecem em dezembro.


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